Na tarde desta terça-feira, 26 de agosto, o plenário da Câmara dos Deputados do Rio Grande do Sul, aprovou por unanimidade o projeto do Executivo que recria a Secretaria da Mulher.
A principal cotada para assumir a Secretaria da Mulher, Deputada Delegada Nadine Anflor (PSDB), que tem vasta experiência na área da segurança, com foco no combate à violência contra a mulher, em entrevista à Rádio Sarandi destacou que a Secretaria deve agilizar as pautas dessa área. Ela não confirma o convite, mas afirma que está à disposição para auxiliar o Governo do Estado. “Se serei eu, não sei. Nesse momento, estou sendo muito franca aqui, porque é uma grande construção que eu sei, eu vou estar junto para ajudar, sem sombra de dúvida”, disse ela.
Ao ser questionada se aceitaria um possível convite, Nadine ressalta que sua experiência daria base para o trabalho, mas ressalta que pretende se candidatar novamente à Assembleia, tendo, portanto, o afastamento que os pré-candidatos necessitam de suas funções ligadas ao Executivo. “Digo que estou à disposição. Teria que conversar, saber de que forma também será estruturada. Eu não escondo de ninguém a minha vontade de concorrer novamente. Ano que vem, sou pré-candidata à deputada estadual, há uma obrigatoriedade de no mês de abril estarmos novamente na Assembleia, então quem está no Executivo precisa se licenciar, então eu não escondo isso”, explicou a deputada.
A Secretaria
A Secretaria da Mulher, conforme o projeto aprovado, terá como competências: planejar e implementar políticas públicas para a promoção dos direitos da mulher e promover campanhas educativas de combate a todo tipo de discriminação contra a mulher no âmbito estadual, promovendo a igualdade de gênero; realizar a articulação institucional entre os diversos atores das áreas de saúde, segurança, educação e assistência para fortalecer a rede de proteção às mulheres; promover a integração, organização e incremento territorial da rede de acolhimento e proteção, composta por Centros de Referência da Mulher (CRMs), abrigos, Casas da Mulher e delegacias especializadas, bem como outras entidades de apoio; promover políticas de qualificação e capacitação profissional às mulheres vítimas de violência para fomentar sua autonomia; promover políticas de prevenção, com formação sobre direitos das mulheres, escuta inicial e divulgação de informações sobre medidas protetivas; planejar e implementar políticas de proteção com uso de tecnologias para resposta rápida em situações de risco e divulgação de dados para ampliar a conscientização; fomentar políticas de acolhimento, com fortalecimento do acesso às redes de apoio; e coordenar e monitorar a execução dos programas, projetos e ações relacionados à promoção dos direitos das mulheres, e seus resultados, com planejamento orientado por evidências.