A Administração Municipal de Rondinha promoveu, nesta semana, uma importante reunião com a direção do Hospital Padre Eugênio Medicheschi, com o objetivo de alinhar estratégias para garantir a continuidade e a melhoria dos atendimentos hospitalares prestados à população. Estiveram presentes o Prefeito Ezequiel Pasquetti, o Vice-Prefeito Clovis Paulo Michielin, o Assessor Jurídico Cassiano José Rebelatto e a Secretária Municipal da Saúde Rosane Baldi. Representando o hospital, participaram o Presidente Danilo Pozzebon, os médicos Dr. Luciano Tonin e Dr. Luciano Borges Moreira, a enfermeira Dirce Pedrini e a Secretária Administrativa Karla de Gasperin.
Representantes do hospital relataram que a instituição recebe atualmente um repasse mensal do SUS no valor de aproximadamente R$ 40.000,00, além de pequenos valores por procedimentos, que são muito inferiores aos custos reais. Esse repasse obriga o hospital a manter consultas, atendimentos ambulatoriais e, especialmente, a realização de cirurgias de baixa e média complexidade — o que exige uma estrutura completa: desde materiais cirúrgicos e medicamentos até o custeio de equipes médicas, de enfermagem, higienização, manutenção e demais profissionais envolvidos na operação da entidade.
Além do repasse do SUS, o Município vinha contribuindo, até o mês de abril, com R$ 48.000,00 mensais, destinados ao custeio das despesas operacionais e ao sobreaviso da equipe médica. Entretanto, diante do aumento constante de custos — incluindo insumos hospitalares, energia elétrica, folha de pagamento e manutenção da estrutura física —, os valores repassados tornam-se cada vez mais insuficientes.
Sensível à situação, a Administração Municipal encaminhará à Câmara de Vereadores projeto de lei para autorizar a celebração de novo convênio com a entidade, ampliando o repasse mensal de R$ 48.000,00 para R$ 57.000,00, com o objetivo de auxiliar na manutenção do hospital e garantir sua sustentabilidade financeira.
Paralelamente ao convênio, o Município também estuda a contratação de serviços específicos prestados pelo hospital, como consultas e exames, observando rigorosamente as normas da Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei nº 14.133/2021) e demais diretrizes aplicáveis. Esses contratos serão formalizados separadamente, com processos próprios e instrumentos distintos do convênio de repasse.
Outro ponto importante abordado na reunião foi o expressivo aumento da demanda espontânea da população por atendimentos no hospital — muitas vezes em situações que deveriam ser resolvidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Foi ressaltado que o hospital deve ser procurado, prioritariamente, para casos de urgência e emergência, enquanto a atenção primária, que funciona diariamente nas UBS, é o local adequado para consultas de rotina, acompanhamento de doenças crônicas, vacinação, pré-natal, entre outros serviços.
Com o objetivo de orientar melhor a população sobre essa distinção, a Administração Municipal lançará, nos próximos dias, uma campanha de conscientização, explicando quando buscar atendimento nas UBS e quando procurar o hospital. A iniciativa busca melhorar o fluxo de pacientes, evitar sobrecarga na instituição hospitalar e garantir que todos recebam o atendimento mais adequado às suas necessidades.
A Administração reforça que, mesmo com o esforço conjunto entre Município, SUS e Hospital, os custos da operação hospitalar são elevados e contínuos. Por isso, é fundamental que a comunidade também colabore e esteja consciente do papel que cada um pode desempenhar na preservação e fortalecimento desse serviço essencial para Rondinha.