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Duplicação da BR-386 deve ter novos trechos liberados até a metade do ano


A BR-386, que liga o norte do Estado à Região Metropolitana, está em fase de reconstrução e retomada. Durante a enchente de maio de 2024, a chamada "Estrada da Produção" sofreu diversos danos estruturais. Quase 11 meses depois da cheia, são poucos os resquícios deixados pela tragédia, e os trabalhos de melhorias na estrada voltam a ter um ritmo acelerado.

De Canoas a Boa Vista das Missões, são 266 quilômetros administrados pela CCR ViaSul, com quatro praças de pedágio. Nesse bloco, segundo a empresa, passam 16,5 mil veículos por dia. Outros 106 quilômetros são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Ao fim do trecho sob concessão da CCR ViaSul em Carazinho, a BR-386 segue por mais 106 quilômetros até chegar em Boa Vista das Missões. Nessa parte, a rodovia é administrada pelo Dnit e não possui pedágios. Pelo traçado original, ela seguiria até Iraí, na divisa com Santa Catarina, passando por municípios como Seberi e Frederico Westphalen. No entanto, a partir desse ponto, ela se funde com a BR-158.

Em toda extensão, a rodovia é de pista simples, com exceção de trechos de subida, que possuem uma segunda faixa para ultrapassagem, além de possuir acostamento contínuo. Ainda assim, trata-se de uma estrada muito movimentada, com uma grande quantidade de caminhões e máquinas agrícolas, por ser uma região rodeada por propriedades rurais.

Um projeto do Dnit já está em andamento para ampliar a pista entre o quilômetro 129, em Barra Funda, e o quilômetro 180, em Carazinho. Conforme o departamento, neste momento, o projeto se encontra na fase de levantamentos e estudos que vão embasar o seu dimensionamento. Não há previsão para o projeto ser concluído. É certo que as obras não iniciarão neste ano.

O órgão já sinalizou que pretende realizar um novo projeto no trecho restante da 386, com melhorias entre Barra Funda e Boa Vista das Missões. No entanto, o estudo de viabilidade não previu a duplicação.

Questões estruturais ainda são pontos de atenção no trecho não concedido. As condições do asfalto variam ao longo do percurso. Em Carazinho e Sarandi, por exemplo, a pavimentação é boa, sem apresentar irregularidades significativas. Em outros trechos, principalmente após passar o perímetro urbano de Sarandi, a qualidade piora significativamente.

Um dos pontos que mais chama a atenção é no quilômetro 101, em São José das Missões, em que uma grande deformação obriga os motoristas a desviarem para a pista contrária em meio a uma curva. Para os caminhoneiros, o risco de acidente se torna ainda maior.

O Dnit informou, em nota, que "mantém ativos contratos de manutenção e conservação na rodovia que permitem garantir boas condições de trafegabilidade. Nos últimos anos foram entregues mais de 50 quilômetros de restauração rodoviária, o que representa 50% do segmento".

Fonte: GZH
Foto: Jonathan Heckler / Agencia RBS


Data: 26/03/2025 17:40:25
Autor: Rádio Sarandi