O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que vinha se mostrando resistente à medida, afirmou que, apesar de o país ter vivenciado a maior seca de sua história, determinadas medidas tomadas (como redução de vazão em hidrelétricas) fizeram com que os reservatórios chegassem a índices que dão tranquilidade para este momento. "Chegamos à conclusão que não há necessidade de decretação para esse período, para este verão", afirmou nesta quarta. Segundo ele, a adoção do horário especial em 2025 será avaliada no ano que vem.
O ONS havia recomendado a medida baseado nas indicações de que, no cenário atual, o horário de verão contribuiria para a maior eficiência do SIN (Sistema Interligado Nacional) em especial entre 18h e 20h –quando a geração solar cessa e a demanda por energia aumenta.
A medida gera controvérsia entre os setores da economia. Empresas de comércio, turismo e lazer têm maior ganho potencial, já que a luz natural ao fim do expediente eleva a expectativa de movimento em bares, restaurantes e atividades ao ar livre. Por outro lado, setores como transporte aéreo e indústria enfrentam desafios para se ajustar.
Um dos setores mais resistentes à alteração nos relógios era justamente o de aviação. A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) afirma que os bilhetes são vendidos com quase um ano de antecedência e que há necessidade de um prazo de seis meses para ajustes de horários e conexões.